Inpa realiza exposição Ciência na Praça no Largo São Sebastião

O Largo de São Sebastião, no Centro de Manaus, será palco do “Ciência na Praça”. Promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o evento busca aproximar ciência e tecnologia da população, por meio de exposições, vivências interativas e contato direto com pesquisadores, técnicos e estudantes de mestrado e doutorado do Instituto. A ação acontecerá neste domingo (27/07), das 16h às 20h, e aberta a todos.

A programação vai comemorar os 71 anos de implantação do Inpa, que entrou em operação no dia 27 de julho de 1954, quase dois anos após a sua criação (29/10/1952), e integra as celebrações dos 30 anos do Bosque da Ciência, primeiro parque verde urbano de Manaus, um espaço dedicado ao lazer, educação ambiental e popularização da ciência. O Inpa é um dos principais centros de pesquisas científicas sobre a Amazônia, referência mundial nos estudos sobre a biodiversidade amazônica, ecossistemas e mudança climática.

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“Vamos fazer diferente desta vez. Vamos comemorar o aniversário do Inpa e do Bosque na praça. São mais de 20 exposições científicas e tecnológicas do Inpa que estarão expostas. A ideia é termos uma maior visibilidade e um contato direto com o público manauara. É uma oportunidade, também, para os visitantes da nossa cidade, para verem o que fazemos no Inpa: gerar e socializar conhecimento científico e tecnológico e contribuir para o desenvolvimento sustentável da região”, disse o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira.

As tendas das exposições estão distribuídas em três eixos temáticos, que funcionam como eixos estratégicos. Um deles é Biodiversidade, Vida Selvagem da Amazônia; o outro é Saúde, Meio Ambiente e Inovação; e o terceiro é Ecologia, Clima e Sustentabilidade. A programação conta com a participação de laboratórios, grupos de pesquisa, projetos e programas de pós-graduação do Inpa. 

Quais exposições o Inpa vai levar?

Exposições conhecidas nas programações do Bosque e são uma interessante mostra da biodiversidade, ecossistemas e conservação da Amazônia estarão presentes, como Mundo dos Insetos, Mamíferos Aquáticos da Amazônia (peixe-boi), Abelhas Nativas, Tartarugas da Amazônia e Áreas Úmidas da Amazônia. Outras atividades se somam a essa festa da ciência, a exemplo do Extração de DNA de frutas, Programa de Coleções Científicas Biológicas e os Ciclos Biogeoquímicos. 

Entre as exposições estão grandes projetos de pesquisas do Inpa que utilizam torres de captação de dados e de monitoramento contínuo para estudar as mudanças climáticas – ATTO, AmazonFACE e Programa LBA. 

O projeto ATTO (Observatório da Torre Alta da Amazônia) conta com a maior torre de monitoramento climático da América do Sul. É composto de uma torre de 350 metros de altura e mais duas de 80 m, que registram 24 horas por dia dados meteorológicos, químicos e biológicos da Amazônia. Já o projeto AmazonFACE busca entender a resiliência da floresta amazônica frente ao aumento de gás carbônico na atmosfera. 

Segundo a técnica científica Amanda Damasceno, do AmazonFACE, a parceria entre os dois projetos visa abordar o tema “Ciclos Biogeoquímicos”, evidenciando como diferentes processos naturais da floresta estão interligados e respondem às mudanças no clima.

A exposição conjunta dos dois projetos contará com contato direto com os cientistas e explicações dinâmicas sobre como o experimento funciona e o trabalho feito em campo, além de mostra de materiais. “A ideia principal é levar conhecimento de forma simples e acessível, promovendo a divulgação científica e destacando o papel fundamental da pesquisa para todo o público presente”, acrescentou Damasceno.

Outra exposição é do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), que mostrará ao público como funcionam os pluviômetros (instrumentos usados para medir a quantidade de chuva), tanto os modelos automáticos quanto os convencionais. Com auxílio de banners, a equipe apresentará sobre as pesquisas realizadas na Reserva do Cuieiras – ZF2. “A presença do LBA reforça a importância da divulgação científica e a nossa iniciativa também busca sensibilizar o público sobre a urgência de discutir as mudanças climáticas e seus impactos na região”, disse o coordenador da área de hidrologia do LBA, Adriano Nobre. 

Alunos do Programa de Pós-Graduação em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva (PPG/GCBEV) levarão a exposição “Extração de DNA de frutas”. “Teremos um quiz científico com perguntas relacionadas às pesquisas desenvolvidas, mas também levaremos alguns materiais visuais para demonstrar a biologia molecular”, contou a mestranda Sarah Mereles. 

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