Mais de 1,2 mil motociclistas morreram em acidentes de trânsito nos últimos quatro anos no Amazonas

Entre os anos de 2020 e 2024, 1.228 motociclistas perderam a vida em acidentes de trânsito no Amazonas. O dado alarmante, divulgado nesta terça-feira (6) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), representa 54% do total de mortes por acidentes de transporte terrestre no estado durante o período.

O boletim técnico da FVS-RCP, ligado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), mostra ainda que a maioria das vítimas fatais eram homens (85%) e pessoas com idade entre 20 e 39 anos (57,9%). A capital, Manaus, concentrou 60,9% dos óbitos, enquanto o interior do estado registrou 39,1%.

Com base em dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o relatório foi elaborado pela Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (GVDANT) e tem como objetivo orientar políticas públicas de prevenção. O documento está disponível no site oficial da FVS-RCP (www.fvs.am.gov.br).

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A secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, destacou o impacto social e no sistema de saúde causado pelos acidentes de trânsito. “Os acidentes representam prejuízos irreparáveis. No último feriado prolongado, por exemplo, os hospitais de Manaus registraram 288 atendimentos de vítimas de trânsito, sendo 165 por acidentes com motocicletas”, afirmou.

O boletim chega justamente no início do “Maio Amarelo”, mês dedicado à prevenção da violência no trânsito. Nayara citou um acidente grave ocorrido no feriado de 1º de Maio, em uma corrida do Dia do Trabalhador, que resultou na morte de uma pessoa e deixou uma família enlutada. “Precisamos de mais consciência no trânsito, e os números são fundamentais para isso”, disse.

Para a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, o levantamento é uma ferramenta essencial para a formulação de estratégias de segurança viária. “A análise de dados fortalece a vigilância em saúde e contribui para ações preventivas que salvam vidas”, afirmou.

O gerente da GVDANT, Fabrício Melo, ressaltou que o boletim serve como subsídio ao planejamento de ações estaduais e municipais. “Nosso objetivo é promover ações integradas, envolvendo educação em saúde, segurança pública e mobilidade urbana”, explicou.

A publicação de boletins técnicos como este faz parte do monitoramento contínuo realizado pela vigilância em saúde do estado, com foco na resposta do SUS aos acidentes de transporte terrestre e às suas vulnerabilidades associadas.

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