De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 102 transplantes de rins no Amazonas, conforme balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Neste mês, o país realiza a campanha Setembro Verde, que busca incentivar a doação de órgãos.
No Amazonas, a Secretaria de Saúde realiza transplante de rins e de córnea. No mês de agosto, o governador Wilson Lima anunciou que o Estado está em processo de preparação para realizar o transplante de fígado, no Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, na zona Norte.
Dos mais de 100 transplantes de rins feitos, 87 foram de doadores vivos e 15 de falecidos. O procedimento com a doação de rim de pessoas falecidas foi iniciado em junho deste ano e representou um avanço importante para o Estado, que demonstra a evolução contínua das técnicas e a capacidade da equipe médica. Nesse mesmo período, também foram realizados 53 transplantes de córnea.
A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, destaca que, em relação ao transplante de fígado no Hospital Delphina Aziz, a unidade tem trabalhado na estruturação para dar início à disponibilização do procedimento em 2025. “Esse será mais um avanço importante para o Estado”, disse.
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Segundo a coordenadora estadual de Transplantes, a médica Isabela Seffair, a lista para esse tipo de procedimento é única e vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) como para os da rede privada. A convocação da pessoa para realizar o transplante é baseada em critérios técnicos, como tipagem sanguínea, compatibilidade de peso, altura e genética, além das condições de gravidade do paciente.
“Todos esses critérios seguem rigoroso monitoramento do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde”, acrescenta a coordenadora.
Doação e transplante: Gesto de amor
De acordo com Isabela Seffair, a doação é um gesto grandioso de amor ao próximo. Por isso, é importante comunicar que deseja ser um doador de órgãos, para que, após a morte, os familiares possam autorizar a doação. “A morte de um ente querido é sempre uma situação difícil para toda a família, mas é justamente nesse momento de perda que o sofrimento pode ser transformado em um ato de esperança ao dar uma nova vida para pessoas que aguardam por um transplante”, enfatiza a médica.
A coordenadora da SES-AM explica, ainda, que após a confirmação da morte encefálica, a equipe multidisciplinar da unidade de saúde conversa com a família para informar sobre o processo de doação e transplantes, e solicitar o consentimento para a doação. Após a manifestação do desejo em doar os órgãos do parente, a equipe de saúde realiza outra parte da entrevista, que contempla a investigação do histórico clínico do possível doador para então realizar a cirurgia.
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