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Assassinatos de Bruno e Dom: Denúncia do MPF torna outros cinco réus por ocultação de cadáver

 
     
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A Justiça Federal recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra cinco homens, que passam a ser réus em ação penal por participação na ocultação dos corpos do indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e do jornalista Dom Mark Philips, assassinados em 5 de junho de 2022, no Vale do Javari, no Amazonas. 

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Dos cinco réus – Francisco Conceição de Freitas, Eliclei Costa de Oliveira, Amarílio de Freitas Oliveira, Otávio da Costa de Oliveira e Edivaldo da Costa de Oliveira –, os quatro últimos irão responder, ainda, por corrupção de menor por terem convencido um jovem com menos de 18 anos a participar do crime.

Na denúncia, apresentada em 10 de abril e recebida em 10 de junho pela Justiça, o MPF não incluiu Amarildo da Costa Oliveira (conhecido como “Pelado”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”), porque já respondem pelo crime de ocultação de cadáver na ação penal protocolada em 21 de julho de 2022.

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Os dois, juntamente com Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Santos”), serão levados a júri popular pelo homicídio por motivo torpe e mediante emboscada, no caso de Bruno, e pelo homicídio mediante emboscada e para assegurar a impunidade do crime anterior, no caso de Dom.

Além das ações contra os executores, o MPF busca identificar os possíveis mandantes dos assassinatos em uma outra investigação, que segue sob sigilo e está em fase de diligências finais.

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O que se sabe sobre o assassinato de Bruno e Dom

Bruno Pereira e Dom Philips foram assassinados em 5 de junho de 2022 nas proximidades da Terra Indígena Vale do Javari, na zona rural do município amazonense de Atalaia do Norte e uma das maiores reservas de indígenas em isolamento voluntário do mundo.

À época, Dom trabalhava em um livro sobre a preservação da Floresta Amazônica e estava sendo acompanhado por Bruno, que havia agendado encontros e entrevistas com lideranças locais.

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Bruno Pereira era um dos maiores especialistas em indígenas em isolamento voluntário do Brasil, servidor de carreira da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) – licenciado do órgão desde 2019 – e trabalhava como consultor para a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Segundo a organização, ele recebia constantes ameaças de garimpeiros, madeireiros e pescadores ilegais por sua atuação em defesa dos povos tradicionais e do meio ambiente da região.

LEIA TAMBÉM: Julgamento de suspeitos pelas mortes de Dom e Bruno é retomado

Dom Phillips era um jornalista inglês veterano na cobertura internacional que já havia trabalhado para veículos como Washington Post, The New York Times e Financial Times e, à época, colaborava com o jornal inglês The Guardian. Com mais de 15 anos no Brasil, Dom escreveu inúmeras reportagens denunciando atividades criminosas e desmatamento na região amazônica e estava no Vale do Javari entrevistando indígenas e ribeirinhos para um livro sobre a Amazônia.

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