Considerado uma doença rara, o câncer de testículo acomete, em geral, homens com idade entre 15 e 35 anos. A melhor forma de prevenção é a detecção, ainda na infância, de alterações como a criptorquidia, condição em que um ou ambos os testículos, acabam não descendo para a bolsa escrotal, potencializando os riscos futuros de se desenvolver uma neoplasia maligna.
O alerta é do cirurgião uro-oncologista e presidente da seccional da Sociedade Brasileira de Urologia no Amazonas (SBU), Dr. Giuseppe Figliuolo, e marca o encerramento da campanha educativa Abril Lilás. Médico da Urocentro Manaus, com cerca de 20 anos de experiência na área da oncologia, Figliuolo destaca que, é importante que os pais ou responsáveis, verifiquem no recém-nascido, se há alguma anormalidade aparente.
“É importante que os pais verifiquem se os dois testículos estão dentro da bolsa escrotal e tenham a iniciativa de levar seus filhos ao urologista desde a infância. Às vezes, é fácil detectar a ausência de um dos testículos ou uma diferença de tamanho entre eles. Quanto mais cedo detectadas essas alterações, mais rápido será o tratamento , que pode ser considerado corretivo e preventivo para o câncer de testículo”, explica.
Doutor em saúde pública, Figliuolo assegura que o tratamento cirúrgico pode resolver a questão. Destaca, ainda, que para adolescentes e adultos, o autoexame pode ser de grande ajuda para perceber alguma modificação no testículo, que necessite de uma avaliação mais aprofundada de um especialista.
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Ele pode ser feito durante o banho, apalpando a bolsa testicular e observando alterações no tamanho e consistência, além de eventuais dores e inchaços.
De acordo com Giuseppe Figliuolo, as neoplasias malignas de testículo são, como a maioria dos cânceres, silenciosas e assintomáticas na fase inicial. As dores costumam aparecer durante a progressão, como sinal de que a doença já avança, o que requer uma abordagem mais rápida.
Em caso de detecção precoce do câncer, ou seja, na fase em que ele não apresenta dores e, sim, alterações palpáveis, mesmo com a remoção do testículo afetado, é possível que o homem continue produzindo hormônios normalmente e mantenha a fertilidade, garante o especialista.
“O problema é quando você não faz o diagnóstico na hora certa, porque aí, a doença se dissemina, podendo afetar outros órgãos e o tratamento torna-se mais invasivo e desgastante, podendo envolver outras modalidades terapêuticas (como quimioterapia ou radioterapia), além de ter as chances de eficácia reduzidas drasticamente”, explicou.
Por isso, ele alerta que, o ideal, é que haja uma frequência nas visitas ao urologista. Uma vez ao ano, para um check up que inclui uma avaliação clínica e exames complementares caso necessário, é o ideal.
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