Casal suspeito de tentar comprar bebê em Manacapuru é preso novamente mas em SP

O casal paulista suspeito de tentar comprar um recém-nascido por R$ 500 em Manacapuru, no interior do Amazonas, foi preso novamente nesta quinta-feira (17), após se apresentar voluntariamente à polícia em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.

Luiz Armando dos Santos, de 40 anos, e Wesley Fabiano Lourenço, de 38, foram detidos inicialmente em flagrante no último dia 11 de julho, mas acabaram sendo liberados após uma audiência de custódia. No entanto, a Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva do casal na última terça-feira (15), atendendo a um recurso do Ministério Público.

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De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, os dois permanecerão temporariamente em uma unidade policial de Caraguatatuba, aguardando nova audiência de custódia marcada para esta sexta-feira (18). Após esse procedimento, a expectativa é que sejam encaminhados ao sistema prisional paulista e, posteriormente, transferidos para o Amazonas.

Segundo as investigações da Delegacia de Manacapuru, o casal chegou ao Amazonas vindo de Ilhabela e estava hospedado em um hotel da cidade desde junho, esperando o nascimento do bebê. A negociação pela entrega da criança teria sido feita com o empresário José Uberlane Pinheiro de Magalhães, conhecido como “Sabão”, que está preso e é apontado como intermediador da venda.

A mãe do bebê, de 31 anos, também foi indiciada. Conforme a delegada Joyce Coelho, ela teria entregue o recém-nascido como forma de quitar uma dívida com um agiota. O bebê já recebeu alta hospitalar no domingo (13) e está sob acolhimento institucional, com acompanhamento do Conselho Tutelar.

Durante a tentativa de efetivar a adoção ilegal, Wesley chegou a acompanhar o parto e tentou registrar a criança como seu filho, usando a Declaração de Nascido Vivo (DNV), mas não conseguiu finalizar o processo por problemas técnicos no cartório. No momento da primeira prisão, o casal estava de posse de enxoval completo, um carrinho de bebê e um carro alugado.

A Polícia Civil também apura a possível existência de uma rede de adoções clandestinas entre os estados do Amazonas e São Paulo. Uma mulher natural de Manacapuru e residente em São Paulo é investigada por supostamente atuar na captação de interessados em adoções ilegais.

O presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, desembargador Jomar Fernandes, acionou a Corregedoria-Geral de Justiça para apurar os motivos que levaram à liberação do casal após a primeira prisão.

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