É bem provável que você nunca tenha escutado o termo ‘obsolescência programada‘. No entanto, por mais que nem todo mundo saiba o que ele significa, ter conhecimento sobre essa realidade, que atinge especialmente os eletrônicos, pode mudar a sua concepção sobre esse tipo de produto.
De maneira resumida, obsolescência programada é uma prática industrial que busca a redução intencional da vida útil dos produtos para que os consumidores comprem novos itens mais rapidamente. Esse fenômeno está presente em diversos setores, desde eletrodomésticos até smartphones.
A estratégia é simples: projetar produtos que, após um determinado período, comecem a apresentar problemas ou fiquem tecnologicamente desatualizados.
Obsolescência programada e consumo de eletrônicos
Imagine que você acabou de comprar um celular. Nos primeiros meses, ele funciona perfeitamente. Contudo, com o passar do tempo, você percebe que o desempenho diminui, a bateria não dura tanto quanto antes e, eventualmente, um novo modelo é lançado com funcionalidades irresistíveis.
Esse ciclo é exatamente o que a obsolescência programada pretende: fazer com que os consumidores sintam a necessidade de substituir seus aparelhos frequentemente, mantendo a roda do consumo girando.
Entre tantas questões, uma das consequências diretas mais notáveis dessa prática é o aumento dos resíduos eletrônicos. Produtos descartados antes de esgotarem sua vida útil geram um volume crescente de lixo eletrônico, que muitas vezes não é reciclado adequadamente.
Esse problema ambiental é agravado pela rápida evolução tecnológica, que faz com que produtos relativamente novos se tornem obsoletos em pouco tempo.
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Por mais que a obsolescência programada seja uma estratégia adotada por muitas empresas, existe cada vez mais uma crescente pressão para que essas práticas sejam revistas.
Nos últimos tempos, os consumidores, cientes desse problema, têm optado por produtos de empresas que demonstram compromisso com a sustentabilidade, oferecem garantias mais longas e iniciativas de reparo e reuso para os eletrônicos.
Sinais de que o celular é alvo da obsolescência programada
Uma das frustrações mais comuns entre os consumidores é perceber que seu celular, que antes funcionava perfeitamente, começa a apresentar uma série de problemas. Esses sinais podem indicar que o aparelho está enfrentando obsolescência programada. Veja alguns deles:
Desempenho lento: um dos primeiros sinais de obsolescência programada é a redução no desempenho do celular. Apps que antes rodavam suavemente começam a demorar mais para abrir e operar, mesmo após atualizações de software.
Duração da bateria reduzida: outro sinal clássico é a diminuição na duração da bateria. Mesmo com uso moderado, o celular passa a precisar de recargas frequentes, sugerindo que a bateria está se deteriorando mais rápido do que o esperado.
Atualizações de software limitadas: as fabricantes costumam lançar novos sistemas operacionais que não são compatíveis com modelos mais antigos. Isso deixa o aparelho vulnerável a falhas de segurança e sem acesso às novidades e melhorias.
Aquecimento: celulares que começam a superaquecer regularmente, mesmo durante tarefas simples, podem estar programados para falhar. Esse aquecimento pode levar a outros problemas, como a redução da vida útil da bateria e falhas no funcionamento geral do dispositivo.
Espaço de armazenamento insuficiente: mesmo sem baixar novos aplicativos ou arquivos, o espaço de armazenamento do celular parece estar sempre cheio. Acredita-se que isso pode ser resultado de atualizações de sistema que ocupam mais espaço ou da falta de otimização dos arquivos temporários.
No entanto, é importante notar que nem sempre a causa desses problemas é a obsolescência programada, especialmente quando não tiver saído um modelo novo ou se você tiver o seu celular por mais tempo.
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