A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) prendeu em flagrante uma mulher de 35 anos pelo crime de tortura contra uma adolescente de 12 anos. A vítima ficou quase cinco horas sendo agredida pela mulher e por uma comparsa em um terreno baldio no Centro, zona sul de Manaus.
De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu entre a noite de terça-feira (29/10) e a madrugada de quarta-feira (30/10). A vítima morou durante dois meses na casa da autora, localizada no bairro Mauazinho, na zona sul da cidade. As duas não têm parentesco e a adolescente ficou na residência temporariamente devido a um problema de saúde da mãe, mas não se adaptou. Quando pediu para voltar a morar com a mãe foi acusada de furtar R$ 12 mil da casa da criminosa.
“No dia do crime, a vítima já estava morando com a mãe no bairro Centro. A autora chegou ao local acompanhada de outra mulher, que também está sendo investigada. Após levar a adolescente para um terreno abandonado, ela torturou a menina, queimando-a com tampas de marmitas e sacolas plásticas, além de agredi-la fisicamente com socos e tapas”, disse a delegada Juliana Tuma, titular da Depca.
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Segundo a delegada, em determinado momento, a vítima teve a ideia de mentir e disse que levaria as mulheres até o local onde estava escondido o dinheiro. A autora ameaçou que, se ela estivesse mentindo, atearia fogo na adolescente e mandou a coautora comprar álcool. Durante esse trajeto, a vítima conseguiu pular do veículo.
“Ela saiu correndo e fugiu. Estava bastante machucada devido às agressões e conseguiu se esconder em um condomínio, onde pediu ajuda. Uma investigadora da PC-AM acionou a Polícia Militar para conduzir a vítima até a Depca, onde foram realizados os procedimentos necessários”, explicou.
A delegada destacou que, a partir desse momento, as diligências foram iniciadas para localizar e identificar a autora. A mulher também ameaçou de morte os genitores da vítima. “Os pais da vítima sequer queriam prestar depoimento na delegacia por medo da mulher. A mãe chegou até a enviar um áudio para a filha pedindo que ela voltasse; caso contrário, ela iria morrer.”
As investigações continuarão para identificar a coautora do crime. A mulher responderá pelo crime de tortura, passará por audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.
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