Com recordes de focos de queimadas na Amazônia e no Pantanal, as decretações municipais de situação de emergência por incêndios florestais mais do que triplicaram em 2024. De janeiro a 26 de agosto, já são 167 registros, enquanto, no mesmo período do ano passado, eram 57 decretos. Um aumento de 193% até o momento, uma vez que os dados coletados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) podem sofrer alterações à medida que os Municípios registrarem as informações no sistema do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
Agosto é disparado o mês com mais ocorrências, com 118 dos 167 decretos de emergência por incêndios florestais neste ano, o que representa 70% do total. Quando feita a comparação mês a mês, o aumento é de 354%, uma vez que, em agosto do ano passado, foram registrados 26 decretos municipais por esse motivo.
Na análise dos decretos de agosto, as cidades de São Paulo são as que mais registraram ocorrências, sendo 51 até o momento. Em seguida, estão os Municípios do Mato Grosso do Sul, com 35; do Acre, com 22; do Espírito Santo e de Rondônia, com 2, cada; do Amazonas, da Bahia, de Minas Gerais, do Mato Grosso, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, com 1, cada.
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Ainda de acordo com os dados analisados pela CNM, mais de 4,4 milhões de pessoas já foram afetadas pelos incêndios florestais no país neste ano de 2024. A maioria – 90% ou 4 milhões – sofreram os efeitos neste mês de agosto.
Quais os danos dos incêndios florestais?
Do ponto de vista ambiental, a Confederação aponta que os impactos com perda de biodiversidade são incalculáveis. No aspecto financeiro, os danos e prejuízos ainda estão sendo mensurados pelas gestões municipais, mas preocupam, entre outros pontos, a sobrecarga de atendimentos no sistema municipal de saúde, o abastecimento de água potável e a suspensão de aulas.
A estimativa parcial, por ora, é de ao menos R$ 38 milhões em prejuízos, sendo R$ 13,6 milhões na agricultura, R$ 10 milhões de assistência médica emergencial e R$ 9,2 milhões na pecuária. Porém, a CNM destaca que esses valores devem aumentar de forma significativa, tendo em vista que a maioria dos gestores municipais ainda está inserindo as informações no sistema do MIDR.
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