A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que busca investigar a destinação de R$ 181 milhões repassados pelo Governo do Amazonas à Prefeitura de Manaus para obras de recapeamento segue com apoio necessário para tramitação, mesmo após a retirada de duas assinaturas de parlamentares. Os deputados estaduais Cristiano D’Angelo (MDB) e Dan Câmara (Podemos) retiraram o apoio à proposta, protocolada no último dia 5 de agosto na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
O primeiro a oficializar a desistência foi Dan Câmara, durante pronunciamento realizado no plenário da Aleam nesta quinta-feira (7). Segundo o parlamentar, sua adesão inicial ocorreu sem uma leitura aprofundada do conteúdo do requerimento. Ele também criticou o foco restrito da investigação, sugerindo que uma CPI mais abrangente deveria analisar todo o programa “Asfalta Amazonas”, e não apenas o convênio entre o Executivo estadual e a Prefeitura de Manaus. “Centenas de pessoas morrem ou são prejudicadas por problemas de mobilidade em todo o Amazonas e estamos querendo investigar apenas um convênio com a Prefeitura Municipal de Manaus. Uma abordagem restritiva soa incompleta e direcionada”, afirmou Câmara.
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Já Cristiano D’Angelo retirou sua assinatura sem apresentar justificativa pública. A reportagem procurou a assessoria do deputado, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Apesar das retiradas, o requerimento ainda conta com o apoio de oito deputados, o número mínimo exigido para que a CPI continue tramitando na Casa Legislativa. A proposta é de autoria do deputado Delegado Péricles (PL), que rebateu as críticas e destacou que o foco da comissão será a análise da destinação dos recursos específicos enviados à prefeitura. “A CPI não vai tratar da especificidade dos acidentes, mas sim investigar o recurso de R$ 181 milhões enviado do Governo para a Prefeitura”, explicou.
Os deputados que seguem apoiando a CPI são: Delegado Péricles (PL), Alessandra Campêlo (Podemos), Rozenha (PMB), Sinésio Campos (PT), Wanderley Monteiro (Avante), Wilker Barreto (Mobiliza), Adjuto Afonso (União Brasil) e Carlinhos Bessa (Partido Verde).
O requerimento será agora encaminhado à Mesa Diretora da Aleam, que deve solicitar uma análise de viabilidade jurídica por parte da Procuradoria-Geral da Casa. Se considerado apto, a proposta poderá seguir para deliberação e possível instalação da CPI.
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