Uma das cidades símbolo na luta pela preservação da floresta amazônica teve a qualidade do ar considerada péssima, neste domingo (03/11), devido às queimadas que espalharam muita fumaça. Parintins (a 369 quilômetros de Manaus) é famosa mundialmente pelo festival que encena a cultura e a luta pela preservação da floresta registrou piora sensível na qualidade do ar, chegando ao índice de 148 no nível de poluição, o que é considerado extremamente elevado.
As informações foram coletadas pelo aplicativo Selva, ferramenta de monitoramento ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). As imagens do App mostram uma grande quantidade de queimadas na divisa dos estados do Amazonas e Pará, o que deixou o ar extremamente poluído em Parintins, Barreirinha e Maués na noite de domingo.
As imagens também revelam densas queimadas e fumaça na região dos municípios paraenses de Santarém, Oriximiná, Juriti e Óbidos.
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Fumaça chega em Manaus e encobre capital à noite
O domingo também foi marcado por densa fumaça na capital do Amazonas. Manaus teve a qualidade do ar considerada muito ruim, conforme os indicadores do aplicativo Selva. Cidades da Região Metropolitana como Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Manacapuru e Iranduba também registraram altos índices de poluição do ar.
Além das queimadas criminosas, o Amazonas vive a pior estiagem da sua história, com a seca dos principais rios e baixo volume de chuvas.
A cota do Rio Negro chegou a 12,25 metros na quinta-feira (17/10). Porém, a subida no nível das águas no rio que banha Manaus nos últimos dias ainda não indica que a estiagem tenha terminado.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), ainda é preciso chuvas mais consistentes e distribuídas, tanto na região de cabeceira quanto na parte central da bacia e em trechos de foz, para a recuperação dos níveis.
Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador em Geociências do SGB, Marcus Suassuna, disse que as chuvas ainda estão abaixo da normalidade.
“A estação chuvosa vem acontecendo de uma forma com semanas com um pouco mais de chuvas, e outras semanas, com menos chuva. Essa forma intermitente da chuva faz com que o nível do rio, no final do período de seca, ainda se eleve de forma modesta, com pequenas subidas e possibilidade de estabilização”, disse.
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