Queimadas e incêndios florestais no interior do Amazonas voltaram a impactar a qualidade do ar no início de setembro. Segundo a Defesa Civil estadual, boletim emitido na terça-feira (2) classificou o ar como “ruim” em Humaitá, e “moderado” em outras 16 cidades.
Em Humaitá, a concentração de partículas inaláveis (PM 2,5) variou entre 50 e 75 µg/m³, quando o recomendado para qualidade “boa” é de até 15 µg/m³. Níveis elevados dessa substância podem causar sintomas como tosse seca, irritações nos olhos e garganta, além de cansaço. Crianças, idosos e pessoas com doenças cardíacas ou respiratórias são os grupos mais vulneráveis.
As localidades com qualidade do ar considerada “moderada” incluem Tabatinga, São Paulo de Olivença, Japurá, Fonte Boa, Eirunepé, Carauari, Boca do Acre, Jutaí, Envira, Lábrea, Apuí, Manicoré (distrito de Santo Antônio do Matupi), Novo Aripuanã, Borba e Autazes. Nesses municípios, a maior parte da população não apresenta sintomas, mas grupos sensíveis podem sentir desconforto.
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A situação é monitorada por instituições estaduais e federais, como a Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), que atua por meio de um núcleo voltado à proteção de grupos vulneráveis. A DPE-AM informou que, embora os focos de calor tenham diminuído em relação aos anos anteriores, segue acompanhando os riscos socioambientais.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) apontam 1.980 focos de calor registrados no estado até o momento em 2025. Em 2024, no mesmo período, foram 25.499, e em 2023, 19.601.
A Defesa Civil recomenda evitar atividades físicas ao ar livre durante períodos de fumaça, manter ambientes arejados, utilizar máscaras e aumentar a ingestão de líquidos. Pessoas com sintomas persistentes devem procurar atendimento médico. Em regiões com qualidade do ar classificada como “ruim”, é sugerida a mudança temporária para áreas menos afetadas, especialmente para integrantes de grupos de risco.
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