Grupo é preso por usar deepfake e IA em golpes milionários no Amazonas

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu integrantes de uma organização criminosa suspeita de utilizar deepfake e inteligência artificial (IA) para aplicar golpes milionários em financiamentos de veículos. A ação faz parte da Operação Holograma, deflagrada nesta semana com apoio das polícias civis de São Paulo e Minas Gerais.

Segundo o delegado Cícero Túlio, a operação é fruto de uma investigação de aproximadamente dois meses, iniciada a partir de denúncias registradas no 1º DIP. As vítimas relataram terem sido surpreendidas com a informação de que veículos zero quilômetro haviam sido financiados em seus nomes, sem qualquer conhecimento ou consentimento.

Conforme as investigações, o grupo usava dados pessoais e imagens obtidas em redes sociais para criar vídeos falsos com rostos clonados das vítimas, simulando identidades reais em processos de verificação por videochamada. O método, conhecido como “plástica digital”, permitia a aprovação de financiamentos bancários em nome de terceiros sem o consentimento deles.

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A fraude resultou na aquisição de veículos zero quilômetro, que eram transportados para cidades como Ribeirão Preto (SP) e Uberlândia (MG). Três pessoas foram presas: um casal em Ribeirão Preto, suspeito de atuar na logística dos veículos, e uma mulher em Uberlândia, que já respondia por outro crime.

Durante a operação, três carros foram recuperados e materiais como celulares e computadores foram apreendidos. A perícia identificou que cerca de 99% dos vídeos usados nas fraudes foram gerados por IA. Os presos responderão por estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa.

A investigação prossegue para identificar outros envolvidos e apurar a extensão do prejuízo.

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