Indígena é presa suspeita de explorar sexualmente a própria filha

Na quarta-feira (11/12), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prendeu temporariamente uma mulher indígena de 31 anos, suspeita de explorar sexualmente sua própria filha de 13 anos. Em consequência ao crime, a adolescente engravidou.

As suspeitas de que a adolescente estaria grávida começaram na escola, e, com a ajuda do conselho tutelar, foi possível descobrir que a vítima estava gestante há três meses, e que a gravidez seria resultado de exploração sexual por parte da mãe.

LEIA TAMBÉM: PF prende cabeça de esquema que lavou milhões para o tráfico no AM

De acordo com a adolescente, ela explicou que saiu de uma comunidade no interior de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus) para Manaus, em razão de ter sido abusada sexualmente pelo próprio pai, quando tinha 9 anos. Entretanto, em um certo dia, a mãe a levou para um motel para explorá-la sexualmente.

Depois do primeiro ato criminoso, a vítima passou a ser levada para diversos motéis, com diversos homens. A mãe costumava esperar a adolescente chegar da escola, para explorá-la, e cobrava entre 15 a 20 reais.

As investigações da polícia descobriram, durante o procedimento, as transferências Pix que os abusadores realizavam para a mãe. Além disso, os abusos sexuais eram sem preservativos, e alguns deles eram filmados. A adolescente não aguentou mais a situação e contou na escola o que estava passando, e a unidade de ensino, por sua vez, acionou o Conselho Tutelar.

Em decorrência das relações sexuais sem preservativo, a vítima engravidou. Ela foi encaminhada ao Serviço de Atendimento à Vítima de Violência Sexual (Savvis), mas não foi possível fazer o aborto sentimental, então ela foi levada a um abrigo. Além disso, as autoridades informaram que aqueles que desejarem ajuda-la com mantimentos, entre outras coisas, podem se dirigir à Delegacia Especializada Em Proteção À Criança E Ao Adolescente (Depca) para receber o devido encaminhamento.

Sobre a prisão da mãe

No primeiro momento, a Depca considerou a prisão cautelar da mãe como a última opção. Contudo, foi constatado que, mesmo afastada e sob medida protetiva, a mãe tentava ir até o abrigo, realizava visitas assistidas e buscava persuadir e culpar a vítima. Por isso, não restou alternativa senão solicitar a prisão da genitora.

A prisão temporária da autora foi cumprida nesta quarta-feira (11/12), ocasião em que a equipe policial da Depca também apreendeu o aparelho celular dela. No interrogatório, a mulher admitiu o crime, mas tentou justificar alegando que a filha queria ajudá-la financeiramente, aos 12 anos.

A autora do crime responderá por exploração sexual contra criança e adolescente e está à disposição da Justiça.

O delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (12/12), destacou que, até o momento, a Depca registrou 4 mil Boletins de Ocorrência (BOs) relacionados a violências contra crianças e adolescentes e efetuou mais de 130 prisões por crimes sexuais.

O post Indígena é presa suspeita de explorar sexualmente a própria filha apareceu primeiro em Segundo a Segundo.

About the author

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *