A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) se manifestou neste domingo (3) sobre a invasão à delegacia do município de Tonantins, que terminou com a morte de um homem identificado como “Compensa” na noite de sábado, acusado de assassinar a esposa, Valdilene Prestes, de 44 anos, com golpes de terçado.
De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência teve início após o hospital da cidade comunicar que uma jovem de 21 anos havia dado entrada na unidade com ferimentos graves na cabeça, provocados por arma branca. A vítima foi identificada como filha de Valdilene.
Uma equipe foi deslocada até a residência da família e encontrou Valdilene morta em uma rede. A perícia indicou sinais de asfixia e múltiplas lesões na região da cabeça causadas por um terçado. Testemunhas afirmaram que o autor do crime era o companheiro da vítima, que fugiu logo após o ataque.
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Durante as buscas, o suspeito foi localizado escondido em uma área de mata e optou por se entregar à polícia. No entanto, ao chegar à delegacia, uma multidão já se concentrava em frente ao prédio. Populares, revoltados com o crime, invadiram a unidade, retiraram o suspeito da cela e o lincharam.
“Durante o deslocamento para a delegacia, a prisão do suspeito gerou grande comoção popular. Apesar dos esforços das Forças de Segurança para garantir a integridade física do suspeito e a manutenção da ordem pública, uma multidão se formou em frente à unidade policial, resultando em atos de violência que culminaram no linchamento do suspeito”, informou a Polícia Civil em nota.
Compensa foi espancado até a morte e, em seguida, teve o corpo queimado em frente à delegacia. A ação foi registrada em vídeos que circularam amplamente nas redes sociais e aplicativos de mensagens. A PC informou que já teve acesso às imagens e está investigando a participação dos envolvidos.
“A Polícia Civil ressalta que todas as providências cabíveis estão sendo tomadas, a partir de agora, para a responsabilização de todos os envolvidos nos episódios de violência ocorridos. A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) informa que foi enviado um efetivo de 10 policiais militares do Batalhão de Choque para reforçar o policiamento ostensivo no município. Os policiais militares vão permanecer em Tonantins até que a ordem seja reestabelecida”, diz a nota.
O caso gerou comoção e reforçou a tensão na cidade, que recebe agora reforço policial.
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