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Lixão a céu aberto vira dor de cabeça e ameaça saúde da população de Envira

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Um lixão a céu aberto fora de controle está ameaçando a saúde da população de Envira (a 1.208 quilômetros de Manaus). Sem um espaço adequado para despejar resíduos na cidade, a população local viu a pequena comunidade de indígenas da etnia Kulina ser tomada por lixo.

A rua Vereador Chagas Mattos se transformou num corredor de despejo de lixo e a população convive com moscas, ratos, escorpiões, aranhas e urubus. Há tantos resíduos, que já é possível encontrar dejetos na estrada, denunciam moradores ouvidos pela reportagem do Segundo a Segundo.

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No início deste mês, moradores registraram a situação e publicaram os vídeos na internet. Em um dos relatos, eles declaram que o lixo ultrapassou a estrada e começou a ser despejado em região de ramal na comunidade indígena. As imagens impressionam.

De acordo com o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), os resíduos incluem entulhos de construção, material orgânico oriundo de podas e limpeza urbana, lixo doméstico, carcaças de animais, lixo hospitalar e outros.

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A situação do lixão a céu aberto aqui de Envira é um imbróglio judicial que se arrasta há anos. O lixão tinha um espaço que já era irregular, mas estava sendo mantido com os mínimos requisitos impostos pela Justiça. Nos últimos três anos, não foi feita a manutenção do espaço e agora o lixão tomou conta”

revelou uma moradora, sob anonimato.

Um processo para solucionar o problema corre na Justiça do Amazonas desde 2018, sem um desfecho. Enquanto isso, o acúmulo de lixo só aumenta. Em abril do ano passado, o MP-AM entrou com uma medida de urgência pedindo soluções, mas não houve respostas da prefeitura.

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O Segundo a Segundo procurou a prefeitura, mas não obteve retorno até a publicação deste material. Desde 2014, o Ministério Público busca a regularização da situação do lixão em Envira.

Em 2015, depois de desatender várias requisições feitas pelo órgão ministerial e alegar falta de recursos para implementar o aterro sanitário, a prefeitura anunciou a assinatura de um ajustamento de conduta com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, mas o TAC não foi efetivado. Em 2017, com base em relatório do Ipaam, o MP-AM expediu a Recomendação nº 08/2017-PJENV, mas, passado um ano, a situação no local permanece a mesma.

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Veja os vídeos do local

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