Entre os dias 21, 22 e 23 de outubro, Manaus vai receber um mutirão de saúde para atender crianças e adolescentes que possuem problemas na coluna vertebral. A ação é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e a Sociedade Brasileira de Escoliose (SBE) e visa a detecção precoce de pacientes para iniciar tratamento de escoliose.
O público alvo são crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos. O rastreamento de pacientes será realizado no Centro de Especialidades CAIC+ Alberto Carreira, na avenida Brasil, bairro Compensa, na zona oeste de Manaus. O atendimento será realizado das 7h às 16h, com 120 vagas disponíveis para os três dias.
Evento com o mesmo foco estará ocorrendo em todo o país, segundo a SBE, chamando a atenção para o problema. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema atinge de 2 a 4% da população. No Brasil, segundo dados de 2023, há mais de 6 milhões de pessoas com o diagnóstico.
“A escoliose é uma alteração anormal da coluna vertebral, sem causa aparente. Ela acomete, principalmente, as crianças e adolescentes na fase de estirão de crescimento e cerca de 80% são meninas. Se não for tratada, pode levar a problemas como dor crônica, dificuldades respiratórias e até limitações dos movimentos”, afirma fisioterapeuta especialista em escoliose, Alessandra Backsmann, que faz parte da SBE.
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Ela ressalta que muitas crianças e adolescentes convivem com problemas na coluna sem saber, muitas vezes por não sentirem dor, o que retarda o início do tratamento, podendo agravar a curvatura da coluna. Alguns sinais comuns indicativos do problema, prossegue ela, incluem a cabeça desalinhada do restante do corpo, um ombro mais alto que o outro, as costelas proeminentes e uma cintura mais acentuada que a outra.
“A melhor maneira de confirmar a presença de escoliose é através de exames clínicos e exames de imagem como radiografias. O tratamento pode incluir exercícios específicos, colete ou cirurgias”, pontua.
Atualmente, existem sete métodos que trabalham com exercícios específicos para escoliose e que possuem um reconhecimento científico internacional com um alto nível de evidência, conforme ressalta a especialista.
“O método que eu utilizo é uma abordagem italiana, inovadora, baseada no uso de exercícios específicos e a correção desse paciente. O objetivo é paralisar a progressão da curva ou até reduzir a curvatura, promovendo melhora na funcionalidade, bem-estar e qualidade de vida da pessoa”, observa.
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