A cidade de Manaus foi a maior importadora de produtos, de janeiro a agosto deste ano, conforme dados do sistema Comexstat, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti). Foram US$ 10,93 bilhões em produtos importados comprados para abastecer o Polo Industiral de Manaus (PIM). A capital amazonense superou Itajaí, em Santa Catarina, que importou US$ 10,78 bilhões, e São Paulo, com importações de US$ 6,65 bilhões

Para o titular da Sedecti, Serafim Corrêa, o resultado destaca o bom momento da economia amazonense e a relevância do modelo Zona Franca, mostrando que o crescimento das importações reflete diretamente na cadeia produtiva do Polo Industrial de Manaus, contribuindo para significativa arrecadação de impostos e promovendo inovação e competitividade.

“Manaus é a primeira cidade brasileira em importações. Isso significa que componentes vindos do exterior são agregados a outros nacionais, resultando no maior faturamento de todos os tempos do Polo Industrial de Manaus. O PIM abastece o mercado brasileiro com qualidade, preço competitivo e em igualdade de condições com produtos importados. Estão de parabéns as indústrias, operadores de logística, trabalhadores e todo o serviço que apoia esse processo”, destacou o secretário.

O desempenho coloca Manaus no topo da lista nacional, à frente de tradicionais polos importadores do Sul e Sudeste, como Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Paulínia (SP) e Santos (SP).

Cadeia Produtiva exige matéria-prima importada;

Os insumos são incorporados a peças nacionais e transformados em televisores, celulares, motocicletas e equipamentos de informática, que depois abastecem todo o mercado brasileiro. Esse ciclo garante empregos, movimenta a economia local e fortalece a arrecadação do Estado.

O principal item da pauta importadora de Manaus em 2025 foi o de circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos, com movimentação de US$ 1,83 bilhão. Esses componentes chegam do exterior para serem integrados com insumos nacionais e gerar produtos finais de alta tecnologia, abastecendo o Brasil com qualidade e preço competitivo.

Para o economista Sergio Gonçalves, esse desempenho das importações para Manaus mostra uma das fragilidades do PIM e uma contradição com a criação do modelo, nos anos 60. Ele lembra que a Zona Franca foi criada dentro de um modelo de substituição das importações e hoje ela é a maior importadora do País.

“No momento da criação o Brasil queria importar menos porque não produzia nada e sempre tinha déficit na balança comercial, hoje, se isolarmos Manaus, a balança comercial segue com déficit”, criticou.

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