Servidores municipais de Tefé ameaçam paralisação após nove anos sem reajuste salarial

Os servidores públicos municipais de Tefé ameaçam entrar em greve caso a Prefeitura não cumpra o acordo firmado com o Sindicato dos Servidores Municipais de Tefé (SISMUT) para o reajuste salarial da categoria, que está há nove anos sem qualquer correção nos vencimentos. A gestão atual, comandada pelo prefeito Nicson Marreira (União), vem sendo pressionada a encaminhar o projeto de lei à Câmara Municipal, mas, segundo o sindicato, o processo está sendo postergado.

De acordo com Siney Leocádio, presidente do SISMUT, o último reajuste aconteceu em 2016, e desde então os servidores enfrentam perdas salariais acumuladas, contrariando a legislação, que prevê revisão anual. “Desde 2017 não há qualquer reajuste. Isso já são praticamente nove anos sem valorização salarial. A lei garante esse direito, mas a Prefeitura ignora”, afirmou Leocádio.

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No dia 21 de março, uma assembleia geral foi realizada com ampla participação dos servidores municipais. Desde então, ocorreram reuniões com representantes da Prefeitura. Em uma das ocasiões, um consultor designado pela gestão municipal apresentou uma proposta: enquanto o novo concurso público, previsto para ser lançado dentro de seis meses, não é concluído, seria oferecido um auxílio-alimentação como forma de valorização emergencial. A proposta foi aceita pelo sindicato, mas até agora não saiu do papel.

“Nós já fizemos a nossa parte. O consultor apresentou a proposta, aceitamos o auxílio temporário, e estamos aguardando que o prefeito envie o projeto de lei para a Câmara. Mas já se passaram dois meses desde esse acordo, e até agora nada foi feito. A Prefeitura está empurrando com a barriga”, criticou o presidente do sindicato.

Diante da falta de cumprimento do acordo, o sindicato já prepara uma nova mobilização, com indicativo de paralisação total das atividades. “Estamos tentando resolver de todas as formas possíveis, mas, se a Prefeitura não cumprir com o reajuste acordado, vamos entrar em greve”, afirmou Leocádio.

A categoria aguarda uma resposta da Prefeitura de Tefé nos próximos dias. Caso o projeto de lei não seja encaminhado ao Legislativo municipal, a paralisação poderá ser deflagrada ainda neste mês. O SISMUT afirma que continuará mobilizado e alerta que os servidores não aceitarão mais atrasos nem promessas não cumpridas.

A reportagem do Segundo a Segundo entrou em contato com a prefeitura de Tefé, mas até a publicação desta matéria não obtivemos respostas. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

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