Nesta quarta-feira (05/06), no Dia Mundial do Meio Ambiente, a Polícia Federal deflagrou a Operação Greenwashing, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso suspeito de vender cerca de R$ 180 milhões em crédito de carbono de áreas da União invadidas ilegalmente.
Com a Operação Greenwashing, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 76 mandados de busca e apreensão, nos estados de Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo.
Os policiais também estão cumprindo 108 medidas cautelares diversas da prisão, oito suspensões do exercício da função pública, quatro suspensões de registro profissional no CREA e sete bloqueios de emissão de Documento de Origem Florestal (DOF’s), bem como o sequestro de R$ 1,6 bilhão.
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A investigação revelou um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado em Lábrea/AM, envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de 538 mil hectares de terras.
Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí e Nova Aripuanã. As irregularidades identificadas incluem a emissão de certidões ideologicamente falsas por servidor da Secretaria de Terras do Estado do Amazonas (SECT/AM), a sobreposição de registros e a apropriação indevida de terras públicas.
Entre as atividades ilegais identificadas estão exploração florestal e pecuária em áreas protegidas, incluindo a criação de gado “fantasma” para atender áreas com restrições ambientais, a venda de créditos virtuais de madeira e a obtenção de licenças ambientais fraudulentas. De acordo com as investigações, foram explorados ilegalmente mais de um milhão de metros cúbicos de madeira em tora, gerando um dano ambiental estimado em R$ 606 milhões.
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