Queimadas, o período de estiagem e a onda de calor têm formado a equação perfeita para recordes de temperatura em todo o país. No Amazonas, os termômetros estão chegando a níveis preocupantes e, neste sábado (14/09), bairros de Manaus atingiram até 45°C enquanto em Tabatinga a máxima foi aos 47°C.
Os dados são do aplicativo Selva. Em Manaus, o calor fez a sensação térmica atingir 45°C na região do Parque Dez, na zona centro-sul, e no Tarumã, na zona centro-oeste, por volta de meio dia. Enquanto na Compensa, na zona oeste, e na Avenida Djalma Batista, fez um calor de 43°C. Em outras localidades da capital, fez um tempo menos causticante. Foi o caso dos bairros Dom Pedro (35°C) e a Alvorada (38°C).
Conforme o app Selva, Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus) chegou ao ápice do calor na hora do meio dia, quando a temperatura ficou entre 47°C e 48°C. No sul do Amazonas, Lábrea atingiu 44°C. A cidade é uma das mais atingidas pelas queimadas.
Na Região Metropolitana de Manaus, a temperatura mais alta foi alcançada em Careiro da Várzea, que observou uma sensação térmica de 45°C.
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As altas temperaturas representam um risco para a saúde. É preciso se hidratar bastante, usar protetor solar e evitar ao máximo exposição nos horários de maior intensidade solar. No caso do Amazonas, a situação do calor é ainda mais preocupante por conta da alta umidade. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), “o organismo humano tem mais dificuldade de regular sua temperatura em situação persistente de calor úmido”.
As altas temperaturas trazem inúmeros problemas de saúde, desde desconforto pelo suor liberado, desidratação excessiva e até problemas cardíacos como a arritmia.
De acordo com a professora do curso de Medicina da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, Maria Gorete Teixeira Morais, as temperaturas extremas são prejudiciais para quem enfrenta doenças cardiovasculares e respiratórias, especialmente no grupo de risco, que são crianças, idosos e adultos que possuem doenças crônicas.
“Nas áreas da Amazônia, por exemplo, há uma alta umidade do ar, onde o indivíduo vai ter uma dificuldade de eliminação dessa temperatura. Já em áreas muito secas, como no Nordeste, as ondas de calor são mais difíceis de ter um resfriamento. Vamos ter todas essas complicações”, disse em entrevista ao Jornal da USP.
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