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Turistas acusam empresário de golpe da falsa hospedagem no Festival de Parintins

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O Festival de Parintins 2024 terminou no fim de semana, mas a dor de cabeça para um grupo de turistas vítimas do golpe da falsa hospedagem na ilha tupinambarana está só começando. Vindos de outros estados brasileiros, os viajantes acusam um homem identificado como Wyllian Pinheiro de vender pacotes turísticos fraudulentos.

Oito pessoas teriam sido lesadas pela fraude, o que representa um prejuízo estimado em quase R$30 mil só com os pagamentos feitos por serviços não prestados. Uma das vítimas é o Militar Renan Gonçalves. Ele disse que contratou o serviço de hospedagem em um barco para ficar ao longo dos três dias de festival. A embarcação daria, também, acesso a shows de artistas nacionais agendados para um clube de Parintins.

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“Eu conversei com um amigo daqui de Manaus e ele conhecia esse cidadão, que promoveu esse evento ano passado. Ele enviou uma série de fotos com camisetas e fotos da embarcação. Meu amigo fez esse passeio anteriormente e foi tudo conforme o prometido”, contou a vítima.

Renan mostrou à reportagem do Segundo a Segundo os extratos do PIX com os valores transferidos para contratação do falso serviço turístico. Ele estava animado. Mas, assim que desembarcou na ilha de Garantido e Caprichoso, disse ter entendido que havia caído em um golpe.

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Tudo começou dois dias antes do início do Festival de Parintins. Na quarta-feira (26/06), dia em que estava programada a partida do barco, Wyllian alegou que havia aparecido um problema no motor de partida da embarcação.

“No dia da partida programada, na quarta-feira, dia 26, ele ligou para o meu amigo dizendo que tinha dado um problema no motor de partida do barco e não ia conseguir levar a gente. E que para não perdermos a Festa de Visitante na quinta ele colocou a gente no barco de um amigo, dizendo que realocou a galera nos camarotes desses barcos.”

Como “alternativa”, o empresário destinou os visitantes para um barco alternativo que era diferente do barco que haviam contratado. Para o barco contratado, o empresário cobrou R$9 mil no valor da passagem com tudo incluso.

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“Viemos em um barco alternativo e ele criou um grupo com todas as pessoas que estavam nesse barco, onde supostamente nós iríamos para o barco contratado. Chegou na quinta e ele não respondeu. Para um ou outro, ele respondeu dizendo que deu problema no barco e que precisaríamos voltar para Manaus”, disse.

Outra vítima é João Paulo Reis. O turista disse que, além do pacote de hospedagem e transporte, também havia pago por ingressos para acesso a duas noites no Festival de Parintins.

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“Basicamente ele ofereceu um pacote, que variou. Tem pessoas que pagaram R$ 4 mil, e outros que pagaram R$ 5 mil. Ele ofereceu cabine em um iate. Esse iate ia ficar parado no porto do clube Kwati e no iate teria tudo: bebida, água, cerveja, vodka, energético e também teria comida no barco. Além disso, ele também cobrou mais mil reais por mais dois dias de ingresso do Festival.”

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Imagens do comprovante de pagamento de uma das vítimas

A reportagem do Segundo a Segundo procurou o empresário Wyllian Pinheiro, pelo contato telefônico, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem. Caso ele responda, esse material será atualizado.

O Segundo a Segundo procurou a Polícia Civil, mas até o momento não houve resposta sobre o caso. Além disso, também solicitamos uma nota de esclarecimento da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).

LEIA TAMBÉM: Não caia em golpe: falsários tentam extorquir beneficiários de BPC

Relembre outra ocorrência

Ainda durante o 57º Festival de Parintins, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva contra Eno Barbosa Costa, 39, por aplicar golpes envolvendo pagamento de alugueis de hospedagem em turistas. A prisão foi realizada na sexta-feira, 26 de junho. 

Conforme o delegado Adilson Cunha, o homem e sua esposa ofereciam, em redes sociais, falsos alugueis de imóveis às vítimas e solicitavam depósitos adiantados como forma de suposta garantia dos locação.

“Após os pagamentos, não mantinham mais contatos ou inventavam desculpas na tentativa de enganar as vítimas. Percebemos uma semelhança no ‘modus operandis’ após diversas vítimas, não só de Manaus, mas de cidades como São Paulo e Santarém, registrarem Boletins de Ocorrência (BOs) relatando como a dupla agia”, explicou.

Segundo o delegado, a companheira de Leno e coautora do crime ainda não foi localizada em seus possíveis endereços e encontra-se foragida. Ela já responde pela mesma prática de estelionato.

Vale lembrar que para evitar golpes envolvendo serviços de hospedagem e transporte, a principal recomendação do Instituto de Defesa Do Consumidor Do Amazonas (Procon-AM) recomenda:

-Ler o contrato: Antes de assinar qualquer contrato ou pagar por qualquer serviço, é preciso ler atentamente todos os termos e condições. Entender todas as cláusulas, incluindo políticas de cancelamento e reembolso;

-Verificar a documentação: É importante se certificar que a empresa possui todas as licenças e autorizações necessárias para operar. Isso inclui licenças de turismo e registro no Procon local;

-Evitar pagamentos adiantados: Evitar fazer pagamentos adiantados sempre que possível. Optar por métodos de pagamento seguros, como cartão de crédito, que oferecem proteção adicional em caso de problemas;

-Solicitar recibos e comprovantes: Exigir recibos e comprovantes de pagamento de todas as transações. Isso é importante para documentar a compra e facilitar qualquer reclamação futura, se necessário;

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